quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

1933 - Anadia - Estação Vitivinícola da Bairrada

 

1933 - Revista Renascença

Na estação Viti-vinícola da Bairrada-Anadia funcionou este ano um curso de vinificação superiormente dirigido pelos engeheiros srs. Mário dos Santos Pato e Albano Homem de Melo.


quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

terça-feira, 17 de janeiro de 2023

1914 - Moita - Notas faltas

Notas Falsas


Tem aparecido ultimamente n’esta villa e concelho grande número de notas faltas de 5$00.

1914 - Jornal de Anadia

No talho do sr. Joaquim Maçãs foram apresentadas duas, que teem os n.ºs 09181 e 09193 da serie H-C. Foram apreendidas e entregues á auctoridade administrativa, que procede a investigações.

Nota de 5$00, circulada em Portugal entre 1913 e 1921

Por suspeitas de ser passador de notas falsas foi capturado hontem na feira da Moita, achando-se encerrado na cadeia d’esta villa Manoel Martins, da Truta de Cima, concelho de Mortágua.









 

segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

1914 - Os barateiros da Moita - Casa Comercial A. Ferreira & Irmão


Casa Comercial de A. Ferreira & Irmão

Os barateiros da Moita

Moita – Anadia

1914 - Jornal de Anadia

Este estabelecimento o mais bem montado e sortido da localidade, tem em depósito, riscados, flanelas, armures, zefires, fazendas para fotos e sobretudos, lenços, colarinhos, cobertores, colchas e gravatas.

Secção de ferragens para todas as obras, adubos chimicos, rolão marca SS, garrafões, rafias, guarda-chuvas, postaes ilustrados, materiais de construção, grande quantidade de calçado feito em Vizeu, artigos agrícolas.



Secção de mercearias, azeito por junto e a retalho, o especial café d’ A Brazileira, bacalhau de 1.ª qualidade, conservas, vinhos finos e tintos da Bairrada, vinho espumante, arroz especial, biscoitos de várias procedências, bolachas ?? o saboroso biscoito de Viana do Castelo.

Exportadores de vinhos para África, Brazil, etc.
Modicidade de preços
Seriedade nas transacções.

domingo, 15 de janeiro de 2023

1922 - Uma partida da "camotage" no Lago da Curia

1922. Revista ABC


Aproveitando as vantagens do Palace Hotell do Bussaco, fomos jantar à Curia e, com espanto, à borda do lago do Parque dessas águas, ouvimos chamar o nosso nome. Mais admirados ficamos ao encontrar remando com «entrain» em nossa direcção, o nosso querido amigo e gerente do A « A B C » sr. Mimon Anahoru que ali estava fazendo a sua cura de águas com ótimos resultados.


 
Da Curia para Coimbra a estrada é má e de Coimbra para Lisboa, que fizemos por Leiria, Caldas e Torres, o nosso conceito e conselho é este: Srs. Automobilistas:

Enquanto as estradas estiverem no estado em que se encontram até Coimbra ou desde Coimbra metam os seus automóveis no comboio e sigam pelo caminho de ferro. É muito mais barato e, sobretudo, muito mais cómodo.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

1943 - Caves Monte Crastro

Para as grandes Festas... Uma grande marca: 
Monte Crasto

Grande Vinhoo espumante natural

A única marca portuguesa premiada em França ! 
As maiores e mais antigas caves de Portugal !

1943 - Revista Renascença

 

1860 - Eleições legislativas - Circulo de Anadia

 

Em Anadia foi renhida a contenda. Apresentaram-se dois candidatos; o sr. Sampaio deu o seu apoio aquelle que se achava identificado com a política do governo; e o nome do sr. António Luiz de Seabra foi excluído do parlamento. Esta finura do ministro do reino custa a compreender ! Diz-se, todavia, que o sr. Fontes não adoptara o sr. Seabra porque isso desagradava a alguém que s. exª tinha como influência no distrito, influência que sem o apoio das espingardas dos cabos da polícia sairia derrotada da urna da própria ….da sua localidade e que assim mesmo deve a maior parte da votação às labutas que se fizeram, chegando n’uma assembleia a darem-se trezentas descargas em nomes de eleitores que se achavam ausentes !  


1860- Diário de Aveiro

Consta-nos que ao administrador do concelho de Anadia dissera o sr. Sampaio “ trabalhe com os seus amigos por todos os meios lícitos mas tome conta em não se exceder, porque antes perder  eleição do que fazê-la vingar sem respeito às disposições da lei.

No círculo de Anadia houve, pois, reencontro entre dois candidatos locais e o resultado foi favorável ao sr. Cancella, que preteriu o ilustre autor do Código Civil.

sábado, 10 de setembro de 2022

1959 - Câmara Municipal de Anadia - Relatório de Gerência de 1958

1959 - Livro da colecção do autor do blogue

 

Autor : Câmara Municipal de Anadia ( Joaquim José Bento Lopes, Presidente da Câmara )

Título : " Relatório de Gerência de 1958 - 

Edição : Cisial, Anadia, 1959, 56 páginas

1939 - Câmara Municipal de Anadia - Relatório de Gerência de 1938 - Plano de Actividade para 1939

1939 - Exemplar da colecção particular do autor do blogue

 

Autor : Câmara Municipal de Anadia ( Luciano Correia, Presidente da Câmara )

Título : " Relatório de Gerência de 1938 - Plano de Actividade para 1939 "

Edição : Tipografia Comercial, Anadia, 1939, 30 páginas


1901 - Livro - Breves Memórias para a História e Descripção de Oís do Bairro no Concelho de Anadia"


1901 - José Joaquim D' Ascenção Valdez
Livro da colecção particular do autor do blogue



Autor: José Joaquim D' Ascenção Valdez
Título : Breves Memórias para a História e Descripção de Oís do Bairro no Concelho de Anadia ( Separata do Instituto de Coimbra ), 44 páginas
Edição : Imprensa da Universidade, Coimbra, 1901

2003 - Livro - António Faria - Memórias da Moita



António Faria -Memórias da Moita 
( Colecção do Autor do Blogue)


Autor : António Faria 

Título : " Memorias da Moita"

Edição do Centro Paroquial da Moita, Novembro 2003, 230 páginas

Tiragem : 1000 Exemplares


 

quinta-feira, 8 de setembro de 2022

1882 - Estradas ( Moita, Avelãs de Cima, Carvalhais, Avelãs de Caminho ) + Novo Talho Municipal

 A Camara Municipal de A’ nadia, sempre solícita em beneficiar os povos do respectivo concelho, proporcionado boas e praticáveis vias de comunicação, deu começo à construção d’ uma estrada que ligue o importante logar da Mouta com a mina ( a velha ) de manganez e outras povoações. O serviço é feito por contirbuição do trabalho e em serviços, conforme regulamentos de 6 de Junho de 1864 e 26 de Junho de 1866 e autorizado pelo Cod. Administrativo de 1866, artiigos 138.º e 141.º; e também para elle contribuiu voluntariamente a empresa exploradora do dita mina, por ser a mais interessada, com a quantia de 250$000 reis.

1882. Campeão das Provincias

 Convem lembrar à dita municipalidade a conclusão da estrada encetada há mezes entre Carvalhaes e Avellãs de Caminho; pois se torna indispensável e o sobreestar da construcção d’ ella é perder o que está feito e dificultar o transito. 

A mesma municipalidade deu activo começo a uma estrada de muita utilidade que, a partir de Sangalhos, liga a estrada d’ Aveiro a Avellãs de Caminho com povoações importantes até à estrada da Palhaça.

*

Fomos ver o novo talho municipal de Anadia. É simplesmente aceado. Fornece-se boa carne, servida por um aceado cortador.

quarta-feira, 23 de março de 2022

1897 - José Luciano de Castro - O novo ministério

 

Na rotação dos partidos coube agora o poder ao partido progressista, que o ultimatum de 11 de Janeiro de 1890, fizera demettir-se. (…) Foi o sr. Conselheiro José Luciano de Castro, como chefe do Partido progressista, o encarregado por El_rei o Senhor D. Carlos, de formar ministério, o qual organizou da seguinte forma:


Presidência e reino, conselheiro sr. José Luciano de Castro; fazenda, conselheiro sr. Ressano Garcia; extrangeiros, conselheiro Sr. Mathias de Carvalho e Vasconcellos;  marinha, conselheiro Sr. Barros Gomes; guerra, general sr. Francisco Maria da Cunha; obras públicas, conselheiro sr. Augusto José da Cunha; justiça sr. Francisco Beirão





Notícia de 20.02.1897, na revista Occidente, alusiva ao novo  ministério de José Luciano de Castro.

domingo, 2 de janeiro de 2022

1898 - José Luciano de Castro - Boas Festas

Boas festas, um bom anno
Senhor José Luciano
A si e a todos os seus
Nós cá vamos vegetando
Comendo de vez em quando
Menos mal, graças a Deus

1898 - O Século - Suplemento Ilustrado


 

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

1889 - José Luciano de Castro - O rei em calças pardas

 A situação - O rei em calças pardas

1889 - Charivari - Ilustração de José Almeida e Silva
 

- O paiz pede-me em altos brados a demissão do ministério progressista. É justo. Porém que hei-de chamar para o substituir no poder ? ... Elles são tantos... que venha o Diabo e escolha.

terça-feira, 24 de agosto de 2021

1932 - Sangalhos - A história de «Maria do Sol» a mulher que matou em defesa da sua honra difamada.

 “Maria do Sol“, a mulher que matou em defesa da sua honra difamada.


"Eis um assunto que não é inédito. A imprensa já se tem ocupado dêle com aquela simpatia que sempre inspiram aqueles que na vida são atingidos por uma grande desgraçada. E grande desgraça foi esta que feriu em cheio, em pleno coração, uma pobre mulher do povo que, não tendo outra fortuna senão a felicidade do seu lar e a sua honra de mulher virtuosa, se viu um dia vilmente caluniada e arremessada para a barra do tribunal. ( …) É o caso de «Maria do Sol», essa mulher que, em face do seu lar desfeito, da sua felicidade destruída e da sua honra babujada por um caluniador, num momento de desespero, matou a tiros de espingarda o autor da sua imensa desventura.



(…) Foi em Sangalhos. «Maria do Sol» era casada e vivia feliz na companhia de seu marido. Entre os amigos, visitas de sua casa, contava-se um homem, que se revelou de baixos sentimentos, um tal Manuel de Sousa, negociante de vinhos. Esse homem pertencia  à falange dos « conquistadores», categoria muito apreciada em Portugal, onde a honra da mulher casada, por vezes, é alvo dos mais vis atentados..(…) Julgam que todas as mulheres hão-de prestar homenagem às suas qualidades de Don Juans de caricatura. As casadas têm para eles um sabor especial. (…) É uma tentação a que não podem resistir. Depois de completa a sua obra de destruição, iniciam outra não menos vil, não menos traiçoeira. Colocam-se às esquinas de galhofa com os amigos. Quando passa alguma das suas vítimas, perguntam com ar triunfante:

 - Conheces esta mulher ?

- Conheço. É a mulher de Fulano, honestíssima.

Então os canalhas têm um sorriso superior e (…) por fim, em confidência destilam o veneno :

             - Honestíssima – Foi minha amante


(…) Ora o tal Manuel de Sousa, de Sangalhos, pertencia à famosa quadrilha dos salteadores de lares tranquilos. Com falinhas doces conseguir penetrar em casa de «Maria do Sol» e de seu marido. Ambos lhe dispensavam consideração. Ela tratava-o com delicadeza. ( …) Manuel de Sousa começou a dirigir a «Maria do Sol», na ausência do marido, galanteios reles. Mas enganava-se, o canalha. «Maria do Sol» estimava demasiado o seu esposo para de deixar encantar pelas seduções do Don Juan de Sangalhos.

                «Maria do Sol» ameaçou-o de queixar-se ao marido. Manuel de Sousa, porém, não desistiu. Um dia, estando a sua cobiçada vítima em casa, o negociante de vinhos apareceu-lhe inesperadamente, agarrando-a violentamente e tentando violá-la. «Maria do Sol» defendeu-se como pôde e quando as forças começavam a abandoná-la gritou aflitivamente, obrigando o Sousa a fugir espavorido pelas traseiras da casa.

                O abusotocava o extremo e «Maria do Sol», quando o seu marido regressou, contou-lhe o ocorrido. Irado, o marido mandou chamar o Sousa e, censurando-o acremente pelo seu procedimento infame, aplicou-lhe uma sova de pauladas ( …) Mas como não era boa rez, o  Sousa dirigiu-se ao Administrador do Concelho da Anadia a pedir licença para uso de porte de arma. (…)Pouco dias depois, o marido de «Maria do Sol» dirigia-se à mesma Administração do concelho, contando-lhe a proeza do Sousa. O Administrador ( …) depois de os ouvir todos, censurou o Sousa, que não negou o seu revoltante acto (…).

                Para se furtarem ao ambiente de escândalo (…), marido e mulher (…) retiraram-se uma temporada para Espinho. O Sousa ( …) gabarola perigoso, bolçou sobre a honra de «Maria do Sol» as piores calúnias, afirmando que ela tinha sido sua amante. Aproveitava-se da ausência das suas vítimas para as caluniar à vontade. (…) As torpes mentiras do Sousa começaram a ser acreditadas e quando os cônjuges regressaram a Sangalhos encontraram uma atomosfera antipática à sua volta.( ….) O marido de «Maria do Sol» começou , a despeito da sua confiança na mulher, a ser infeliz. A dúvida perturbava-o.

                «Maria do Sol» inocente, notava alarmada que o Sousa (…) lhe destruíra a felicidade, roubando-lhe a paz interior, destruindo-lhe a amizade do marido. (…) E o autor de todas aquelas ruínas andava alegre, bem disposto.



                Um dia «Maria do Sol», no auge do desespero, sentindo-se perdida, atingida na sua honra, que para ela era tão preciosa como a vida, apontou uma espingarda ao Manuel Sousa e matou-o.(…) O gesto desesperado de «Maria do Sol» equivaleu a uma legítima e sagrada defesa. Mas há lei e a Sociedade. E «Maria do Sol»  presa, foi levada ao tribunal para lhes prestar contas do seu desvairado gesto. (…) O julgamento causou a maior emoção em Anadia. Os juízes, mais calmos do que a acusação (…) atenderam às condições em que o crime – legítima defesa chamamos-lhe nós – foi praticado e condenaram-na a dois anos de prisão, na alternativa de três anos de degredo.

                Mas os acusadores não ficaram contentes e apelaram da sentença ! O caso subiu à Relação de Coimbra. Na contra-minuta de recurso do dr. Fernandes Martins, que se tem batido brilhantemente pela causa simpática de «Maria do Sol» há muito a ponderar.(…)


Recortes do semanário " Detective" de 25 de Agosto de 1932

quinta-feira, 19 de agosto de 2021

1888 - José Luciano de Castro - A questão da sellagem dos tecidos

Por decreto de 19 de Novembro de 1888, o ministro da fazenda e o secretário de estado do governo presidido por José Luciano de Castro, aprovou o regulamento provisório para o serviço de sellagem de tecidos, telas e objectos de vesturário de fabricação nacional ou estrangeira. Em traços gerais, tal regulamento obrigava à aposição de selos fiscais nos tecidos que fossem colocados à venda em território nacional, salvo as devidas excepções legais.


Tal questão motivou críticas severas um pouco por todo o país, nomeadamente no Porto, através da Associação de Comerciantes do Porto, que iniciou uma campanha contra tal regulamento.

José Almeida e Silva, famoso caricaturista do seminário portuense Charivari, sempre atento à politica nacional, retrata tal protesto em 22 de Dezembro de 1888, um mês após a publicação de tal legislação.



Com a valentia e o denodo de um cavalleiro antigo – recto pela dignidade e forte pela honra – o commercio d’ esta cidade acaba d’ assentar nos lombos da malta de José Luciano uma sova tremenda, em resultado da qual o ministério tem forçosamente de retirar o aviltante decreto lei da sellagem, ou de depôr as pastas. Applaudimos a attitude digna e enérgica do commercio do Porto, n’esta questão.


Regulamento provisório para o serviço de sellagem de tecidos, telas e objectos de vesturário de fabricação nacional ou estrangeira. - Imprensa Nacional, 1888  ( Exemplar existente na Biblioteca da Assembleia da República ) 



Zé Povo, apalpando as costas de José Luciano, a propósito da resistência do governo: Coiro d’esta resistência não se encontra outro em todo o globo ! …
Zé Luciano – Olarépes ! ….




sábado, 24 de julho de 2021

1918 - Feira da Moita


Soberania do Povo 21.09.1918

O presidente da Commissão Municipal d' Anadia mandou afixar editaes transferindo para o dia immediato a feira da Moita, todas as vezes em que o dia 25 seja ao domingo, exceptuando os dias 25 de março, julho e dezembro.

sexta-feira, 23 de julho de 2021

1905 - Moita - Feira da Moita - Ouro em pó



Deu-se um facto na Feira da Moita, Anadia, com um homem de Fermentelos, de cerca de 83 annos, que convém espalhar, para prevenção d' outros incautos.

O tal velhote recebeu alli o preço porque tinha vendido uma junta de bois, uns 107$00 réis. Como o vissem receber aquella quantia, abeirou-se d' elle um desconhecido com um canudo de folha na mão,e disse-lhe chamando-o de traz d' uma casa : " O sr. faz-me o favor de dizer-me onde está aqui um ourives de confinança que me compre uma porção d' ouro em pó, que, andando a trabalhar nas minas d'um convento em Santarém, alli achei ?


N' isto, um indíviduo muito bem vestido, sócio do do canudo, fazendo-se desconhecido, perguntou o que era, e, recebendo uma pitadinha dos tais poz, disse que os ia mostrar a um ourives. Voltou logo e disse para o de Fermentellos.

« Recebi pela pitada dos poz um quartinho. O canudo vale 4 contos. Vamos em sociedade compra-lo ao homem ? 

Jornal Soberania do Povo, 12.02.1905

Assim combinados, justaram o canudo por 400$00 réis, entregando o de Fermentellos os 107$00, ficando com o canudo, enquanto o fingido sócio disse que ia buscar dinheiro para acabar de pagar. Ficaram os dois à espera, mas como o outro tardasse, o do canudo disse que ia em procura d'elle, ficando o velho de Fermentellos à espera dos dois, que não mais voltaram. Abrindo depois o canudo, por curiosidade,encontrou-o cheio de areia e chumbo, ficando assim sem os seus 107$00 réis

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Anadia - 1872 - Notícias - Monotonya de Anadia

Principio hoje a dar-lhes algumas notícias, d’ aqui, ainda que pouco succolentas, pois que á falta dos meus recursos litterários, se vem a ajuntar a monotonya e regularidade do viver d’ esta terra, ordeira e pacífica. A política ( que era o que há quatro ou cinco annos dava que fazer a qualquer escriptor) acabou; faz-se ainda, mas com moderação, de luvas e colarinhos engommados, com um sorriso de boa educação nos lábios, e tirando cortezmente o chapeu aos próprios inimigos; e por isso poucas mais notícias se podem colher além das agrícolas; no entanto ahi vão essas que me parecem de mais importância; para a próxima serão mais bem serviços* ( servidos).

1872, Diário Ilustrado, Agosto


- O estado agrícola da bairrada é sofrível. Ainda por aqui não appareceu a phyloxera vastatrix: do que algumas vinhas estão cheias, e principalmente as mal cultivadas, é de oidium. 

- As oliveiras estão carregadas: julga-se termos uma boa colheita d’ azeite. 

- Quasi todos os vinhos, do anno passado, se tem toldado, mas, os que se conservam bons, têm regulado de trinta a trinta e três mil reis a pipa.

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

1973 - Sangalhos - Publicidade - Caves Aliança - Angola

O tempo de uma taça de Aliança

Tempo de encontro.
Tempo de alegria. Tempo de festa.
Mas também... tempo de fermentação, de cuidado, de qualidade.

O tempo do verdadeiro
método champanhês
no melhor vinho espumante português.

1973, Revista " O Notícia,  n.º 734, Angola.
Caves Aliança-Sangalhos-Lisboa

sábado, 8 de agosto de 2020

1971 - Anadia - Américo Tomaz em Anadia

No passado 30 de Março, na sua passagem para Aveiro, onde foi inaugurar o Conservatório Calouste Gulbenkian, o Senhor Presidente da República atravessou a nossa Região, tendo sido durante o percurso, entusiasticamente saudade pela população.

1971- Jornal da Bairrada

À entrada do concelho de Anadia, foi o sr. Almirante Américo Tomás cumprimentado pelos Presidentes da Câmara Municipal e da Comissão Concelhia da A.N.P. e por outras entidades daquele concelho, seguindo pela Malaposta, onde estava muita gente que o saudou e Sangalhos, com a rua principal enfeitada, recebendo saudações das entidades da freguesia, organizações inudstriais e desportivas e de muito povo, que dispensou ao Chefe de Estado carinhosa recepção.


Imagens do Arquivo da RTP - 30.03.1971

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

1935 - Avelãs de Caminho - Ricardo Seabra Moura

Ricardo Seabra Moura 

A « Acção Nacional» gostosa e reconhecidamente publica nas suas colunas o retrato do sr. Ricardo Seabra Moura, conterrâneo nosso, qu eno Brasil trabalha e prospera; e do Brasil mais uma vez enviou para os pobres de Avelãs de Caminho - sua terra natal - e para o Hospital de Anadia, dois importantes donativos.





É uma homenagem simples, a que lhe prestamos, mas que é sincera como devida, a quem não se esquece nunca, - mesmo lá de longe - dos seus conterrâneos necessirados de pão e de agasalhos, como de médico e de remédios. ( ...) Merecem respeito e louvor atitudes como as do sr. Ricardo Seabra. E não somos nós, que deixaremos no esquecimento gestos desta natureza, menos para elogiar quem os pratica, do que para os apontar como exemplos, a quem pode cooperar no bem, que é necessário multiplicar, nomeadamente nestes tempos de crise aguda.


Que o sr. Ricardo Seabra, com a nossa simples mas sincera homenagem, receba o testemunho do nosso reconhecimento pela lembrança real com que benefeciou os pobres da sua terra e o Hospital de Anadia, que se ergeu e abriy, para acolher os pobres a quem tudo falta - até mesmo a lareira, o tecto e a enxerga.



Recortes do Jornal " Acção Nacional", de Junho de 1935.

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

1955 - Avelãs de Caminho - Viagem do Presidente do Brasil através da Bairrada


O Chefe de Estado brasileiro, na sua recente visita ao nossa Pais, a quando da triunfal viagem ao Norte, atravessou a nossa Região por entre estusiásticas manifestações populares.(...) O presidente Café Filho, que conhece pessoalmente alguns desses bairradinhos, sentiu bem a sinceridade dessas manifestações que, comovidamente agradeceu, e que, com certeza, nunca mais esquecerá.

1955  Jornal da Bairrada

 Estas manifestações atingiram grande brilhantismo em Avelãs de Caminho, onde o cortejo presidencial parou.