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| 1933 - Revista Renascença |
Anadia Antiga
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| 1914 - Jornal de Anadia |
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| 1914 - Jornal de Anadia |

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| 1922. Revista ABC |
Em Anadia foi renhida a contenda. Apresentaram-se dois candidatos; o sr. Sampaio deu o seu apoio aquelle que se achava identificado com a política do governo; e o nome do sr. António Luiz de Seabra foi excluído do parlamento. Esta finura do ministro do reino custa a compreender ! Diz-se, todavia, que o sr. Fontes não adoptara o sr. Seabra porque isso desagradava a alguém que s. exª tinha como influência no distrito, influência que sem o apoio das espingardas dos cabos da polícia sairia derrotada da urna da própria ….da sua localidade e que assim mesmo deve a maior parte da votação às labutas que se fizeram, chegando n’uma assembleia a darem-se trezentas descargas em nomes de eleitores que se achavam ausentes !
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1860- Diário de Aveiro |
Consta-nos que ao
administrador do concelho de Anadia dissera o sr. Sampaio “ trabalhe com os seus
amigos por todos os meios lícitos mas tome conta em não se exceder, porque
antes perder eleição do que fazê-la
vingar sem respeito às disposições da lei.
No círculo de Anadia houve,
pois, reencontro entre dois candidatos locais e o resultado foi favorável ao
sr. Cancella, que preteriu o ilustre autor do Código Civil.
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| 1901 - José Joaquim D' Ascenção Valdez Livro da colecção particular do autor do blogue |
A Camara Municipal de A’ nadia, sempre solícita em beneficiar os povos do respectivo concelho, proporcionado boas e praticáveis vias de comunicação, deu começo à construção d’ uma estrada que ligue o importante logar da Mouta com a mina ( a velha ) de manganez e outras povoações. O serviço é feito por contirbuição do trabalho e em serviços, conforme regulamentos de 6 de Junho de 1864 e 26 de Junho de 1866 e autorizado pelo Cod. Administrativo de 1866, artiigos 138.º e 141.º; e também para elle contribuiu voluntariamente a empresa exploradora do dita mina, por ser a mais interessada, com a quantia de 250$000 reis.
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| 1882. Campeão das Provincias |
Convem lembrar à dita municipalidade a conclusão da estrada encetada há mezes entre Carvalhaes e Avellãs de Caminho; pois se torna indispensável e o sobreestar da construcção d’ ella é perder o que está feito e dificultar o transito.
A mesma municipalidade deu activo começo a uma estrada de muita utilidade que, a partir de Sangalhos, liga a estrada d’ Aveiro a Avellãs de Caminho com povoações importantes até à estrada da Palhaça.
*
Na rotação dos partidos coube agora o poder ao partido progressista, que o ultimatum de 11 de Janeiro de 1890, fizera demettir-se. (…) Foi o sr. Conselheiro José Luciano de Castro, como chefe do Partido progressista, o encarregado por El_rei o Senhor D. Carlos, de formar ministério, o qual organizou da seguinte forma:
Presidência e reino, conselheiro sr. José Luciano de Castro; fazenda, conselheiro sr. Ressano Garcia; extrangeiros, conselheiro Sr. Mathias de Carvalho e Vasconcellos; marinha, conselheiro Sr. Barros Gomes; guerra, general sr. Francisco Maria da Cunha; obras públicas, conselheiro sr. Augusto José da Cunha; justiça sr. Francisco Beirão
“Maria do Sol“, a mulher que matou em defesa da sua honra difamada.
"Eis um assunto que não é inédito. A imprensa já se tem ocupado dêle com aquela simpatia que sempre inspiram aqueles que na vida são atingidos por uma grande desgraçada. E grande desgraça foi esta que feriu em cheio, em pleno coração, uma pobre mulher do povo que, não tendo outra fortuna senão a felicidade do seu lar e a sua honra de mulher virtuosa, se viu um dia vilmente caluniada e arremessada para a barra do tribunal. ( …) É o caso de «Maria do Sol», essa mulher que, em face do seu lar desfeito, da sua felicidade destruída e da sua honra babujada por um caluniador, num momento de desespero, matou a tiros de espingarda o autor da sua imensa desventura.
- Conheces esta mulher ?
- Conheço. É a
mulher de Fulano, honestíssima.
Então os canalhas têm um sorriso
superior e (…) por fim, em confidência destilam o veneno :
-
Honestíssima – Foi minha amante
«Maria
do Sol» ameaçou-o de queixar-se ao marido. Manuel de Sousa, porém, não desistiu.
Um dia, estando a sua cobiçada vítima em casa, o negociante de vinhos
apareceu-lhe inesperadamente, agarrando-a violentamente e tentando violá-la. «Maria
do Sol» defendeu-se como pôde e quando as forças começavam a abandoná-la gritou
aflitivamente, obrigando o Sousa a fugir espavorido pelas traseiras da casa.
O
abuso
Para
se furtarem ao ambiente de escândalo (…), marido e mulher (…) retiraram-se uma
temporada para Espinho. O Sousa ( …) gabarola perigoso, bolçou sobre a honra de
«Maria do Sol» as piores calúnias, afirmando que ela tinha sido sua amante.
Aproveitava-se da ausência das suas vítimas para as caluniar à vontade. (…) As
torpes mentiras do Sousa começaram a ser acreditadas e quando os cônjuges regressaram
a Sangalhos encontraram uma atomosfera antipática à sua volta.( ….) O marido de
«Maria do Sol» começou , a despeito da sua confiança na mulher, a ser infeliz.
A dúvida perturbava-o.
«Maria do Sol» inocente, notava alarmada que o Sousa (…) lhe destruíra a felicidade, roubando-lhe a paz interior, destruindo-lhe a amizade do marido. (…) E o autor de todas aquelas ruínas andava alegre, bem disposto.
Um
dia «Maria do Sol», no auge do desespero, sentindo-se perdida, atingida na sua
honra, que para ela era tão preciosa como a vida, apontou uma espingarda ao Manuel
Sousa e matou-o.(…) O gesto desesperado de «Maria do Sol» equivaleu a uma
legítima e sagrada defesa. Mas há lei e a Sociedade. E «Maria do Sol» presa, foi levada ao tribunal para lhes
prestar contas do seu desvairado gesto. (…) O julgamento causou a maior emoção
em Anadia. Os juízes, mais calmos do que a acusação (…) atenderam às condições
em que o crime – legítima defesa chamamos-lhe nós – foi praticado e condenaram-na
a dois anos de prisão, na alternativa de três anos de degredo.
Mas
os acusadores não ficaram contentes e apelaram da sentença ! O caso subiu à Relação
de Coimbra. Na contra-minuta de recurso do dr. Fernandes Martins, que se tem
batido brilhantemente pela causa simpática de «Maria do Sol» há muito a ponderar.(…)
Recortes do semanário " Detective" de 25 de Agosto de 1932

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O tal velhote recebeu alli o preço porque tinha vendido uma junta de bois, uns 107$00 réis. Como o vissem receber aquella quantia, abeirou-se d' elle um desconhecido com um canudo de folha na mão,e disse-lhe chamando-o de traz d' uma casa : " O sr. faz-me o favor de dizer-me onde está aqui um ourives de confinança que me compre uma porção d' ouro em pó, que, andando a trabalhar nas minas d'um convento em Santarém, alli achei ?
N' isto, um indíviduo muito bem vestido, sócio do do canudo, fazendo-se desconhecido, perguntou o que era, e, recebendo uma pitadinha dos tais poz, disse que os ia mostrar a um ourives. Voltou logo e disse para o de Fermentellos.
« Recebi pela pitada dos poz um quartinho. O canudo vale 4 contos. Vamos em sociedade compra-lo ao homem ?
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| Jornal Soberania do Povo, 12.02.1905 |
Assim combinados, justaram o canudo por 400$00 réis, entregando o de Fermentellos os 107$00, ficando com o canudo, enquanto o fingido sócio disse que ia buscar dinheiro para acabar de pagar. Ficaram os dois à espera, mas como o outro tardasse, o do canudo disse que ia em procura d'elle, ficando o velho de Fermentellos à espera dos dois, que não mais voltaram. Abrindo depois o canudo, por curiosidade,encontrou-o cheio de areia e chumbo, ficando assim sem os seus 107$00 réis
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1872, Diário Ilustrado, Agosto |
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| 1971- Jornal da Bairrada |
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| Imagens do Arquivo da RTP - 30.03.1971 |
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| Ricardo Seabra Moura |
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| 1955 Jornal da Bairrada |